Com os fatos históricos mais importantes do Brasil, retificou-se a hora para 16h08m (Hora Local).
Proclamação da independência com base no historiador Rocha Pombo, Edição de 1961, Melhoramentos, que é uma das melhores até agora publicadas; ele foi um historiador muito honesto, infatigável e grande patriota:
Chegaram os mensageiros a São Paulo no dia 7 de setembro; e sabendo que o Príncipe tinha ido a Santos, prosseguiram sem detença a sua marcha para ali, e foram encontrar a Guarda de Honra, que descansava no Ipiranga. Informados de que Sua Alteza não podia estar longe, vão ao seu encontro.
Seriam umas quatro e meia da tarde (de um belíssimo dia de sábado, teve-se em consideração que os relógios da época atrasavam ou adiantavam muito. Acerca de meia légua do Ipiranga, se encontraram Bregaro e Cordeiro com o Príncipe, e lhe entregaram a correspondência.• Leu Sua Alteza ali mesmo os despachos, parecendo comover-se; e depois, afetando calma, como quem medita em angústia, entrega os papéis ao seu ajudante, dizendo qualquer coisa a meia voz. Em seguida, num largo movimento de alma, diz alto: — “É preciso acabar com isto!”. Esporeia o cavalo, e a grande galope, avança para o lugar onde o séquito se achava. A sentinela brada às armas; forma a, guarda precipitadamente, e faz as continências. E para toda aquela gente em espanto D. Pedro exclama: — “Camaradas! as Cortes de Lisboa querem mesmo escravizar o Brasil; cumpre, portanto, declarar já a sua Independência. Estamos definitivamente separados de Portugal!” E levantando a espada, num repto de entusiasmo gritou com toda a força dos seus robustos pulmões: “Independência ou Morte!”. Este grito é por todos muitas vezes repetido, como em acesso de delírio, e reboa — dir-se-ia — pelo país inteiro.